Empresa de educação bilíngue, que já utiliza essa tecnologia educacional nas escolas, inova o método tradicional de seleção.
Quem está acostumado a ver as peças de LEGO® Education espalhadas pela casa, nas salas de aula pode, agora, encontrar também nas empresas, durante uma entrevista de emprego. Isso porque a forma de recrutar está mudando, dando lugar às novas tecnologias como a gamificação. Relembrar o período nostálgico da infância pode ser tão prazeroso quanto conseguir uma colocação no mercado.
Com o objetivo de avaliar os candidatos na sua essência, eliminando pontos fracos do recrutamento clássico, a International School, empresa focada em oferecer um programa bilíngue para escolas, encontrou uma maneira diferente de aumentar a precisão nas contratações e, naturalmente, reduzir o número de turnover. A empresa tem atualmente mais de 200 funcionários, alocados nas capitais São Paulo, Fortaleza e Rio de Janeiro, e prevê aumentar a equipe com mais de 70 colaboradores até o fim do ano. “Um recrutamento bem estruturado e com a ajuda de jogos pode aumentar a assertividade. Nunca teremos 100% de respostas sobre um candidato, mas, observar e interagir com ele em um ambiente agradável, permite informações mais espontâneas, já que vamos muito além das informações contidas apenas no currículo. Consideramos mais os aspectos comportamentais e alinhamento cultural dele com a empresa, do que propriamente as experiências que já teve.”, diz Bruno Veras, diretor da International School.
Com a chegada dos millennials, ou geração da internet, a atenção é ainda maior, já que muitas empresas têm revisto seus processos internos para atrair e reter cada vez mais esse público. Para o candidato, o processo fica mais leve e dinâmico, e eles se sentem à vontade, além de diminuir a “pressão” natural de um processo seletivo. “Para nós, avaliadores, que lidamos com essa missão de achar o perfil ideal todos os dias, podemos obter respostas mais sinceras e a avaliação é mais completa também. Conseguimos listar as competências necessárias para as vagas e, ao criar situações inusitadas e desafiadoras, em que o candidato precisa usar essas habilidades técnicas e comportamentais para concluir o desafio, conseguimos avaliar se ele tem as características para a vaga”, pontua Veras.
E ele acrescenta: “Pedimos, em alguns casos, que ele monte um pato usando o Lego®. É muito interessante ver essa construção acontecer, a criatividade, postura e resiliência diante daquele desafio. Além das pessoas se identificarem com o processo seletivo e com a empresa, pode aumentar também o índice de engajamento com a companhia e isso é um ganho para os dois lados”.
Competências do século 21
Entre as características esperadas agora e no futuro estão a adaptabilidade e vontade de aprender e crescer, além da criatividade, inovação, pensamento crítico e resolução de problemas. Levantamento feito pela Deloitte, em 2018, mostrou que, 44% dos jovens esperam deixar suas organizações atuais até 2018. O número cresce para 66%, quando o período é ampliado para 2020. A pesquisa foi realizada com cerca de 7.700 jovens, residentes em 29 países, dos quais 300 vivem no Brasil.